- Papo com residente
Médico Residente: Salário, Formação e outras informações
9 minutos de leitura
Isadora aumentou sua nota em 20 pontos e conseguiu ser aprovada em Anestesiologia na SES-GO e no HC-UFG, suas provas prioritárias.
Isadora é de Goiânia e se formou em dezembro de 2021 na Universidade Federal de Jataí, no interior de Goiás. Conheceu a Aristo pelo Instagram em 2019 e fez o curso do quinto ano em 2020.
Ela afirma que não estudou da forma como gostaria no quinto ano, mas no sexto ano melhorou sua execução do método Aristo e isso foi determinante para o resultado dela.
Nesta entrevista ela conta para o Eduardo o que fez para ser aprovada em Anestesiologia na SES-GO e no no HC-UFG.
Eu sempre tive regularidade, eu estava no quinto ano do internato e tinha na minha cabeça que queria passar direto do final da faculdade. Então sabia que eu precisava ter uma regularidade de estudos, mas eu fiquei muito presa na minha metodologia tradicional.
Eu assistia as aulas teóricas e deixava as questões e os flashcards completamente de lado. Eu era muito presa à teoria e demorava muito tempo fazendo resumo, achava que eu precisava muito daquilo.
Quando chegou no sexto ano e eu fiz o primeiro simulado, vi que não tinha dado certo. Aí eu me desesperei né? Pensei: “Nossa, deveria ter feito certo no quinto ano pra não estar nessa situação agora”.
Às vezes o conteúdo atrasava, não por falta de regularidade, mas por conta do internato, tinham dias que eu não conseguia estudar. E aí quando ia tirar o atraso eu preferia ver a teoria porque era mais cômodo pra mim.
Assistir uma aula e ler um um material era muito mais fácil do que fazer questões. Quando eu ia fazer errava, me estressava e aí não fazia mesmo. Foi algo que eu deixei muito a desejar.
No sexto ano, eu fui muito mal nos simulados, era julho/agosto e eu pensava: “Gente, não vai dar certo, não vou passar.” Eu estava tirando um pouco mais de 60.
Quando saiu o edital da prova, faltando uns 2 meses, comecei a focar nas provas na íntegra. Comecei a ver meus resultados, conferir a nota de corte dos anos anteriores e vi que era possível. Mas só no final, porque até o meio do ano estava desesperada.
Em 2021 eu fazia 3 dias de estudo teórico, uns 3 ou 4 de revisão teórica e revisão inteligente 5 vezes por semana, de segunda a sexta. Comecei a focar mais nas questões, então fazia com mais calma e tentava aproveitar meus erros, para ver os motivos de ter errado.
Comecei a fazer flashcards, que era algo que eu detestava (ainda detesto rs) mas sabia que precisava fazer e fazia. E foi a maior mudança que tive.
Eu já tinha os resumos, no quinto ano eu era muito apegada a eles, então só assistia a aula e anotava uma coisa ou outra. Era ver aula, ler material e focar na prática.
No sexto ano eu atrasei muito pouco, eu ainda estava no internato, então todo tempo que sobrava eu estudava. Minha prioridade era estudar, então se via que algo no internato não ia me agregar em nada eu ia embora para estudar.
Mas quando eu atrasava, eu deixava para ver a teoria no final de semana e fazia as questões, sempre fazia as 50 questões do dia. Não tive que correr atrás de prejuízo, foi bem tranquilo.
Eu estudava de 4 a 5 horas por dia, mas nunca deixei de fazer minhas coisas, ia na academia, saía aos finais de semana. Eu me organizava para estudar, mas quando estava cansada eu realmente parava.
Eu não consigo estudar muito à noite, então meu máximo era até umas 19h, quando eu tentava ir além disso, eu via que não rendia então eu parava. Eu ia até o meu máximo e depois ia me distrair.
Eu nunca quis deixar isso de lado pra não prejudicar minha saúde mental em detrimento da Residência Médica.
Eu passei em 3 das minhas 5 instituições prioritárias, no Hospital das Clínicas da UFG, local em que eu já me matriculei, fiquei em 4º lugar de 4 vagas.
Na SES-GO fiquei em 7º lugar para Anestesiologia, a especialidade que escolhi. Consegui vaga no SES-DF que também era uma das minhas prioritárias.
As outras prioritárias, eu acabei desistindo de fazer porque já tinha passado na instituição queria e pela prova ser só em janeiro eu não quis fazer. Não queria mais aquilo pra minha vida, queria descansar e não queria mais fazer prova rs.
Em relação às minhas notas, eu tirei em torno de 70 e 77, no ENARE eu tirei 77.
Eu acho que a metodologia foi o diferencial, pesquisei outros cursinhos, mas o da Aristo me chamou muito a atenção porque nós não precisamos estudar todo o conteúdo da medicina para fazer uma prova.
Você tem que estudar bem o que mais cai e praticar, repetir. Porque quanto mais você repete, mais aquilo vai ficar na sua memória.
E a questão da proximidade, eu mandava mensagem para você desesperada, fiz isso muitas vezes rs. A comunidade, conversar com outras pessoas que estão na mesma situação que você, do Brasil todo, sofrendo igual. Essa proximidade é um ponto muito importante!