Quais são as áreas com menos médicos no Brasil?

Em janeiro de 2023, o Brasil contava com 562.229 médicos inscritos nos 27 Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), o que correspondia a uma taxa nacional de 2,60 médicos por 1.000 habitantes.

Diante desses dados, é comum pensarmos que há muitos médicos ocupando todas as áreas igualmente. 

No entanto, você sabia que, na verdade, o que ocorre é o contrário disso? 

Existem áreas da medicina, assim como em qualquer profissão, que possuem menos médicos atuantes quando comparadas a outras. 

Abaixo nós fazemos um resumo para você acompanhar e, talvez, utilizar essas informações para basear a escolha da especialização a qual você deseja se dedicar. 

A pesquisa sobre a Demografia Médica Brasil, lançada em fevereiro de 2023, elaborada através do Acordo de Cooperação Técnica entre a Universidade de São Paulo (USP) e a Associação Médica Brasileira (AMB), demonstrou que, em Janeiro de 2023, o Brasil contava com 562.229 médicos nos 27 Conselhos Regionais de Medicina (CRMS). 

Segundo essa mesma pesquisa de 2023, as cinco especialidades menos populares da área médica no Brasil somam 4.507 em número de especialistas. 

Essas áreas são: Genética Médica, Medicina de Emergência, Radioterapia, Medicina Física e Reabilitação e Medicina Esportiva. 

Genética Médica – 407 registros 

A Genética Médica é a especialidade que lida com o diagnóstico, tratamento e 

controle dos distúrbios genéticos e hereditários. 

Como você já deve ter percebido, essa é uma área relativamente nova na medicina, estando ainda em desenvolvimento.

Esse, inclusive, é um dos motivos que fazem com que haja um número limitado de programas de residência e oportunidades de treinamento específicas na área.

Medicina de Emergência – 779 registros 

Um dos motivos para que essa seja uma especialidade não tão popular dentre os residentes médicos é a necessidade de uma carga de trabalho intensa já que, através dela, o profissional deverá lidar com situações  de urgência e emergência médica, o que geralmente envolve uma carga de trabalho intensa e horários irregulares. 

Justamente por conta desses fatores e a natureza estressante, o trabalho em emergências pode acabar desencorajando alguns médicos a optarem por essa especialidade. 

Além desse fator, há ainda outro que contribui para essa estatística: a falta

de remuneração adequada que nem sempre é considerada atrativa em comparação com outras especialidades médicas por uma carga de trabalho menor. 

Radioterapia – 1.014 registros 

No caso da radioterapia, um dos fatores que mais influenciam para o baixo interesse dos candidatos nessa área para especialização é a pouca visibilidade da área já que ela é relativamente desconhecida para muitos estudantes e profissionais da saúde. 

Esse fator é um dos cruciais e que resulta em poucos médicos seguindo essa especialidade. 

Além desse, há ainda outros fatores importantes que levam a essa estatística como o baixo investimento em equipamentos que exigem recursos e manutenção adequada. 

Medicina Física e Reabilitação – 1.016 registros 

A Medicina Física e de Reabilitação fica responsável pela reabilitação e melhora das funções em pessoas com deficiência e em situações incapacitantes.

Por ser uma especialidade médica relativamente nova e ainda em desenvolvimento no Brasil, o número de programas de residência e oportunidades de treinamento específicas nessa área pode ser limitado, o que leva a uma oferta restrita de

profissionais qualificados na área.

Medicina Esportiva – 1.291 registros 

Além de ser uma área ainda um pouco desconhecida para médicos formados e o formando, a complexidade da área pode ser um dos fatores que afasta possíveis especialistas. 

Isso porque essa é uma especialidade bastante multifacetada que abrange uma ampla gama de conhecimentos, incluindo medicina interna, ortopedia, fisiologia do exercício, reabilitação e prevenção de lesões esportivas. Isso requer uma formação abrangente e contínua, o que pode desencorajar. 

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