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SCMBH 2024/2025: Esteja preparado para a prova. Confira dicas de estudo e preparação
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Percebi que tenho a base fraca para prova de Residência Médica. Será que é possível passar mesmo sem ter uma base sólida de conhecimento?
Existem diversos alunos de medicina e médicos formados que possuem uma base fraca para prova de Residência Médica. Seja porque se formaram fora do Brasil, seja porque se formaram em uma universidade com ensino insuficiente.
Mas isso não impede ninguém de ser aprovado na prova de residência.
Muitas vezes, o fato de ter uma base fraca para prova de Residência Médica acaba se tornando uma muleta para a pessoa não focar na prova. Ela se acha insuficiente ou pensa que precisa estudar muito mais teoria para poder se sentir preparada.
A verdade é que quem quer se preparar bem para a prova de residência, independentemente da base, tem uma grande chance de evoluir.
Se você acha que sua dificuldade é passar na prova de residência porque teve uma base fraca, saiba que nem sempre é possível ter um bom preparo no início. E isso sempre pode ser mudado.
Walt Disney foi demitido do jornal Kansas City Star por falta de criatividade e boas ideias. Antes de inventar a lâmpada, Thomas Edison descobriu 10 mil formas equivocadas de fazer uma. Albert Einstein foi reprovado na Escola Politécnica de Zurique e aceito apenas 2 anos depois.
Não se preocupe com o início, você tem a chance de transformar isso. Vale ressaltar também que nem toda base fraca é algo factível.
Claro que existem pessoas que fizeram uma faculdade ruim e que desconhecem alguns conceitos da medicina, mas tem muitos alunos que dizem que possuem uma base fraca para prova de Residência Médica quando na verdade eles estão na média.
E é claro que a média não é excelente ou algo positivo, você precisa estar acima dela para conseguir escolher a sua residência. Mas para evoluir é preciso mudar esse padrão de pensamento, tirar as expectativas em torno disso e focar na preparação.
Focar na teoria é um erro muito comum de quem tem uma base fraca para prova de Residência Médica. E é praticamente impossível estudar todos os assuntos da medicina.
Quer um exemplo? Vamos pegar o edital da UFRJ de 2020.
Todas as páginas dos 11 livros indicados para a preparação da prova de residência somadas, dão 14.965 páginas. Supondo que a pessoa comece a ler esses livros de 1 de janeiro a 1 de outubro sem descanso, são 54 páginas por dia para estudar sem chance de revisão.
Apenas estudar sem praticar, não é um estudo produtivo. Se você está se preparando para uma prova de residência você precisa fazer as provas antigas.
Para ser um bom médico é preciso praticar a medicina. Para aumentar o seu desempenho na prova de residência é preciso praticar com provas de residência.
A insegurança é um sentimento muito comum. Achar que precisa correr atrás do que não teve lá no início parece ser o melhor caminho para a preparação. Mas focar na teoria não é a melhor forma de cobrir essa lacuna.
Como falei no início, quem tem uma base fraca para prova de Residência Médica pode passar sim. Mas é importante enfatizar que quem possui uma base melhor, larga na frente.
É como correr uma maratona de 42 km. Por ser um percurso longo, dá tempo de ultrapassar, mas quem tem uma base sólida começa 2 km na frente, ou seja, essa pessoa tem mais vantagem.
Para vencer essa desvantagem e alcançar esse patamar, é preciso estudar de forma produtiva. Então, ao invés de se aprofundar na teoria, é preciso focar no que vai aumentar o seu desempenho. Como o uso do efeito teste, da revisão espaçada e do direcionamento do conteúdo.
Para isso você precisa se preparar resolvendo questões todos os dias e fazendo as provas na íntegra ou simulados toda semana. Quanto mais relevante for um conteúdo, mas ele vai se repetir ao longo do seu preparo.
Além disso, é importante desenvolver a habilidade de fazer prova. E ela não é adquirida somente pelo conteúdo. Você precisa entender a maneira como as provas funcionam, como a banca cobra o conteúdo e em quanto tempo você consegue finalizar uma prova.
O formato e as ordens dos materiais para estudar faz parte da tática de estudo e isso é algo muito individual. Já a questão estratégica é muito maior.
A estratégia principal de quem tem a base fraca deve ser a prática, que é basicamente fazer questões e os flashcards baseados nessas questões.
Pode ser que a pessoa erre muitas questões, neste caso ela precisa voltar para a teoria, para o conteúdo direcionado, e revisar seus erros. Esse é um tipo de estudo que tem mais produtividade.
E como disse anteriormente, muitas vezes a base fraca não é real, é apenas a frustração de errar muitas questões. Errar é algo incômodo, mas o erro mostra exatamente o que é preciso estudar e praticar com mais frequência.
O foco no início da preparação é aprender sobre o assunto e depois de alguns meses (e muitas provas e simulados depois) se preocupar com o desempenho e acerto de questões. Dessa forma, a evolução é muito maior e mais visível a longo prazo.
Tivemos um aluno que no final de 2018 fez 56% na prova do Sírio, não foi uma nota ruim, mas foi insuficiente para passar. Em 2019, um ano depois, ele tirou 83% na mesma prova, ou seja, uma diferença gritante no intervalo de 1 ano.
Estamos caminhando para a reta final da preparação e você não começou tão bem, e agora? O curso intensivo vai ajudar?
Bem, neste caso existem três fatores muito importantes que é preciso avaliar:
Com base nisso é possível afirmar se “dá tempo”. Mas o que posso dizer é que é possível evoluir sim, a partir de junho/julho. E mesmo que você não consiga a vaga no final do ano, você começará o ano seguinte muito melhor.
Por isso, é essencial que você concentre seus esforços nos fatores que você consegue controlar, ou seja, na qualidade e na quantidade do seu estudo.
E o grande desafio do curso intensivo para o aluno é a produtividade de estudo.
Se a pessoa não tem tido aulas que a ajudam a construir uma base sólida, ela precisa se preparar melhor, e se possível, com mais antecedência.
É por isso que temos curso para alunos do 5º ano de medicina. Para que ele comece o 6º ano com uma base sólida e também para criar um hábito de estudo, sem que isso seja difícil.
É como praticar atividade física, é muito mais fácil ir na academia quando você pratica há 2 anos, do que há 2 semanas. O hábito torna todo o processo muito mais fácil.
Se você realmente tem a base fraca, provavelmente é porque ainda não conseguiu criar um hábito de estudo. Para vencer essa condição é necessário encarar o desafio de estudar a medicina diariamente.
E isso tem grandes chances de perdurar ao longo da sua vida.
Tudo bem que no início é apenas para passar na prova de residência. Mas se você continuar estudando durante a residência, ao longo da sua carreira, você terá uma base muito mais forte para praticar a medicina e se tornar um excelente profissional.