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SCMBH 2024: Temas quentes que caem na prova
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Como a gente se prepara para passar em uma prova de Residência Médica concorrida? Se você já teve essa dúvida, leia este artigo!
Ao começar a reta final da preparação para as provas de Residência, em meados de agosto, é muito comum as pessoas começarem a perguntar:
“Qual a melhor estratégia para passar nas instituições mais concorridas do país?”
Para responder essa pergunta, vamos fazer uma analogia com esporte para mostrar como deve ser feita a preparação para este tipo de prova.
Vamos supor que você vá jogar futebol pela faculdade, naqueles campeonatos universitários, como por exemplo, os Jogos Interperíodos.
O treinamento das pessoas que participam desses jogos é praticamente inexistente. Elas se reúnem com os colegas esporadicamente para praticar ou treinam no máximo uma ou duas vezes na semana de forma bem amadora. Aqui o treinamento não é uma prioridade.
Agora, vamos supor que você vai disputar o Campeonato Brasileiro. Um campeonato profissional, com concorrência e jogadores de alto nível. Neste caso você vai precisar treinar todos os dias, com uma disciplina maior e muito mais produtividade. Aqui o treinamento tem que ser profissional.
Para passar em qualquer prova de Residência, você não precisa treinar muito. A maioria das pessoas acaba passando nas provas mesmo com um nível de treinamento baixo.
Agora, se o seu objetivo é entrar nas melhores instituições, nas Residências mais concorridas, o seu treinamento tem que ser profissional. O mínimo que você tem que fazer é estudar quase todos os dias.
O segredo é a consistência e o uso de uma metodologia que aumente a produtividade do seu estudo.
É natural que médicos e estudantes de medicina tenham uma vida corrida e não parem para se dedicar somente aos estudos. E nem achamos que seja necessário parar a vida para fazer somente isso. Mas é exatamente por isso que o estudo deve ser cada vez mais produtivo.
O ponto principal para quem quer passar em uma Residências Médica concorrida é ter uma preparação acima da média.
Agora vamos às principais dúvidas que os candidatos têm ao se prepararem para uma Residência Médica concorrida.
A preparação para uma prova específica é algo que faz parte da preparação profissional, ela tem um direcionamento maior.
Por exemplo, no início do curso da JJ, os alunos já definem quais são suas provas prioritárias. De acordo com as suas escolhas, existe uma agenda de revisão direcionada para cada aluno. Além disso, temos a análise de provas na íntegra e a resolução de provas antigas das principais instituições do país.
Então, se você vai prestar as provas da UFRJ e UniRio, por exemplo, você precisa praticar com as provas dessas instituições em algum momento. É a melhor forma de entender como a banca cobra os temas e o que mais cai.
Mas se preparar somente para uma prova específica durante três ou quatro meses não é indicado. É uma estratégia extremamente arriscada porque você perde a abrangência. E as provas de Residência possuem muito mais semelhanças entre si do que diferenças.
Pegamos os 10 assuntos mais cobrados nas provas de Residência do Brasil de uma maneira geral e comparamos com a prova da USP de Ribeirão Preto, uma das mais concorridas. E dos 10 assuntos mais cobrados, vimos que 4 também estão na lista da USP-RP.
O que mostra que uma prova não é tão diferente da outra e os temas devem ser vistos de forma global. Se ampliarmos a quantidade de assuntos mais cobrados para 50, eles sempre serão os mesmos em todas as provas de Residência Médica, concorrida ou não.
Por isso, não faz sentido focar a sua preparação apenas em uma única prova. Quem estuda para passar em prova concorrida, vai passar em qualquer prova.
E quando devo focar numa prova específica?
O foco numa prova específica deve ser feito quando o momento da prova estiver chegando. Duas ou três semanas antes você vai focar somente naquela instituição, vai fazer provas na íntegra e revisar seus erros para ter um bom resultado. Mas vamos detalhar isso mais à frente.
Como dissemos anteriormente, não faz muito sentido estudar focado apenas numa prova específica. Agora, estudar focado no estado da prova, faz menos sentido ainda rs.
Se você for pegar duas provas do estado de São Paulo, como por exemplo, SUS-SP e USP-RP, verá que elas são completamente diferentes. A mesma coisa da UNICAMP em comparação a prova da Santa Casa de São Paulo.
Inclusive, pode ser que a prova da UNICAMP se assemelhe mais a prova da Universidade Federal do Paraná do que a prova da instituição “vizinha”.
Esse tipo de preparação só faz sentido quando você se prepara para as provas práticas ou multimídia do mesmo lugar, do estado de São Paulo, por exemplo. Mas achar que está estudando melhor só porque está fazendo questões das provas do mesmo estado é ilusório.
Antes de definir isso, acho importante deixar bem claro o que NÃO é concorrência. E isso pode te surpreender, mas não é nível de dificuldade das questões. Uma prova difícil não é uma prova mais concorrida.
A prova da Santa Casa de São Paulo é mais difícil que a prova da USP-SP, mas a da USP é muito mais concorrida.
Por isso, quando vamos falar sobre concorrência, precisamos considerar a lei da oferta e da procura, ou seja, a oferta de vagas disponíveis da instituição. Quanto menor a quantidade de vagas, mais disputada a Residência.
Quer um exemplo? As instituições do Rio de Janeiro possuem poucas vagas para Residência em Dermatologia, portanto, considerando a população do estado, essa é uma especialidade concorrida entre as instituições cariocas.
Por outro lado, tão importante quanto a oferta de vagas, existe a procura. Quantas pessoas querem entrar naquele lugar? Qual a demanda para aquela instituição?
Se perguntarmos para os candidatos de Residência de cada estado onde eles querem passar, a grande maioria dirá as mesmas instituições. Todos sabem quais são os lugares mais concorridos e por isso, mais difíceis de passar.
Quanto mais vaga, menos concorrência. Quanto menos vaga, mais concorrência. E quanto maior a procura, mais difícil de ser aprovado.
E procura não significa apenas se inscrever na prova. De repente, o SUS-SP tem muitos candidatos para uma especialidade com poucas vagas, mas isso não significa que ele é mais concorrido que a UNIFESP, por exemplo. Caso o candidato passe nas duas, é natural que ele escolha a UNIFESP em detrimento ao SUS-SP.
São esses dois fatores, oferta e procura, que geram a concorrência e aumentam o nível de dificuldade de entrar na Residência.
Sim e tem duas grandes diferenças. A primeira é o cronograma, o aluno do intensivo que vai fazer a prova ainda esse ano precisa terminar os assuntos mais importantes até novembro, no máximo, para conseguir revisar os principais temas. Os alunos de 5º ano têm mais tempo para estudar e por isso, não precisam se preocupar com a prova.
A segunda diferença são as provas na íntegra. Os alunos do 5º ano não têm a obrigação de fazer prova toda semana, os alunos do intensivo têm como meta fazer, pelo menos, uma prova ou simulado a cada semana.
Enquanto o foco do aluno de 5º ano é construir uma base sólida de conhecimento, o foco do aluno do intensivo é se tornar um bom fazedor de prova e diminuir o índice de erros, ou seja, aumentar o seu desempenho na prova de Residência.
Isso vai depender do número de provas que você vai fazer. Se você for fazer pelo menos quatro provas no final do ano, agora é o melhor momento para focar nessas particularidades.
Comece pelas provas menos prioritárias e deixe as que você mais quer passar para a reta final (início de setembro/outubro). Faça as provas na íntegra dessas instituições e revise seus erros! Entenda quais questões mais aparecem e se a prova tem pegadinhas.
A questão aqui é não ter surpresas no momento da prova. Se você vai pra prova da USP-SP sem saber que é uma prova longa, é porque você não treinou com as provas antigas da instituição. E isso é essencial para passar numa prova concorrida.
Não existe um número ideal de provas, mas com certeza não é apenas uma. Existem muitas variáveis que podem interferir no dia da prova e que fogem do seu controle. Por isso, é muito arriscado apostar todas as fichas em uma única opção.
A não ser que você queira muito fazer uma única instituição específica, não existem outras opções na sua lista, aí sim faria sentido fazer apenas uma.
Outra dica é: não faça provas de lugares que você não tem o desejo de fazer Residência Médica. Parece óbvio, mas muitas pessoas fazem provas em lugares que não querem passar. Essas pessoas acabam passando e desistem, pois preferem estudar por mais um ano para passarem na Residência que realmente escolheram.
Ao invés de escolher a Residência, você acaba sendo escolhido por uma Residência que você não quer. E isso não é legal.
Além disso, tem a questão do deslocamento, se você precisa viajar para fazer as provas de Residência, pode ser que fique cansativo porque muitas acontecem num curto período de tempo. Então, escolha suas principais Residências, aquelas que você ficaria feliz fazendo e dose a quantidade.
A foco para passar numa Residência Médica concorrida é focar na preparação acima da média e aumentar a performance nas provas prioritárias acertando as questões de nível fácil e médio.