Residência Médica

Residência Médica menos concorridas em 2024

Escrito por: Fala content
7 de janeiro de 2025 07/01/2025
7 minutos de leitura 7 minutos de leitura

Se você está se preparando para ingressar em uma residência médica e procura oportunidades com menor concorrência, está no lugar certo. O processo de seleção para as residências médicas é conhecido por ser extremamente competitivo, mas há especialidades que apresentam um número menor de candidatos por vaga. 

Em 2024, algumas dessas especialidades oferecem uma chance maior de sucesso para aqueles que desejam se especializar sem enfrentar uma concorrência tão acirrada.

Saiba qual a residência médica mais difícil e mais fácil de passar em 2024. | Foto: Freepik.
Saiba qual a residência médica mais difícil e mais fácil de passar em 2024. | Foto: Freepik.

Qual a residência médica mais difícil de passar?

A definição de qual residência médica é a mais difícil pode variar conforme o critério utilizado: concorrência ou complexidade das questões. 

No Brasil, a residência em Neurocirurgia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) é amplamente reconhecida como a mais concorrida. Em 2023, a relação candidato/vaga para essa especialidade foi de 14,88, indicando que quase 15 candidatos disputaram cada vaga.

Além da Neurocirurgia, outras especialidades no HCFMUSP também possuem altas taxas de concorrência, incluindo:

1. Cirurgia Vascular: relação candidato/vaga de 13,88

2. Cirurgia Plástica: relação candidato/vaga de 13,72

3. Oncologia Clínica: relação candidato/vaga de 13,59

4. Cardiologia: relação candidato/vaga de 13,39

Essas estatísticas mostram o nível de preparação necessário para competir por essas vagas, que são extremamente valorizadas e restritas. Por outro lado, se o critério de dificuldade for baseado na complexidade das provas, Neurocirurgia, Cirurgia Vascular, Cirurgia Plástica, Oncologia Clínica e Cardiologia se destacam novamente. 

Os candidatos relatam que as questões exigem não apenas um conhecimento técnico profundo, mas também habilidades de raciocínio clínico sofisticadas. Essas áreas, por envolverem alta especialização, apresentam exames que exploram ao máximo a capacidade analítica e o preparo dos candidatos.

Entre os fatores que contribuem para a dificuldade dessas residências, estão:

1. Alta Concorrência: A grande quantidade de candidatos bem preparados eleva o nível da seleção.

2. Complexidade das Questões: Questões avançadas testam o domínio técnico e clínico, além de desafiar a habilidade de tomar decisões rápidas.

3. Exigências da Especialidade: Especialidades como Neurocirurgia e Cirurgia Plástica demandam habilidades técnicas e conhecimentos que vão além do básico, exigindo do residente um preparo contínuo.

Portanto, para muitos, a residência médica mais difícil de passar no Brasil é a de Neurocirurgia no HCFMUSP, principalmente pela combinação de alta concorrência e complexidade das provas.

Qual especialidade médica tem menos profissionais?

No Brasil, algumas especialidades médicas têm um número significativamente menor de profissionais em comparação com outras, o que reflete tanto a demanda por essas áreas quanto a complexidade e o tempo exigido para a formação.

A especialidade com o menor número de médicos é Genética Médica, com apenas 407 profissionais registrados, representando apenas 0,1% do total de médicos especialistas no país. Essa área exige um conhecimento avançado sobre as condições genéticas e seu impacto na saúde, sendo crucial para o diagnóstico e o aconselhamento de doenças hereditárias, mas ainda é relativamente pouco procurada por novos médicos.

Outras especialidades com um número reduzido de profissionais incluem:

1. Medicina de Emergência, com 779 médicos, o que corresponde a 0,2% do total.

2. Radioterapia, com 1.014 médicos, também representando 0,2%.

3. Medicina Física e Reabilitação, com 1.016 profissionais, ou 0,2% do total de médicos especialistas.

4. Medicina Nuclear, com 1.105 profissionais (0,2%).

Essas especialidades, embora fundamentais para o tratamento de condições específicas, apresentam um número de profissionais baixo, o que pode ser atribuído ao fato de que exigem um nível de especialização elevado, além de uma formação contínua e equipamentos caros para a prática clínica.

Além disso, a Medicina Esportiva (1.291 profissionais, 0,3%) e a Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (1.578 médicos, 0,3%) também possuem uma quantidade reduzida de especialistas, mas são essenciais em contextos como o acompanhamento de atletas e o diagnóstico laboratorial, respectivamente.

Embora essas áreas representam uma parte pequena do total de médicos especialistas, elas são essenciais para a saúde pública e o tratamento de condições específicas, e a baixa quantidade de profissionais pode refletir uma oportunidade para quem busca se especializar em campos médicos menos saturados.

Qual a residência médica mais fácil de passar?

A dificuldade em passar em uma residência médica depende, em grande parte, da concorrência, ou seja, da relação entre o número de candidatos e as vagas disponíveis. Algumas especialidades têm menos concorrência, o que pode tornar o processo seletivo um pouco mais acessível.

De acordo com dados do SUS-SP, algumas especialidades médicas têm uma baixa relação candidato/vaga, o que indica uma menor concorrência. Entre essas especialidades, a Medicina Nuclear se destaca com uma relação de apenas 1,57 candidato por vaga, o que a torna uma das opções com menor competição para quem deseja ingressar nessa área. 

A Medicina Física e Reabilitação também apresenta uma boa relação, com 2,25 candidatos por vaga, e é outra especialidade com menos concorrência.

Outras áreas com uma baixa concorrência incluem:

1. Radioterapia: 2,35 candidatos por vaga.

2. Medicina de Emergência: 2,88 candidatos por vaga.

3. Medicina da Família e Comunidade: 2,95 candidatos por vaga.

Essas especialidades, além de possuírem menor concorrência, também têm um campo de atuação que pode ser extremamente gratificante, proporcionando cuidados essenciais para a saúde da população.

Em comparação com especialidades de alta concorrência, como Ortopedia e Traumatologia (com 4,90 candidatos por vaga) e Pediatria (com 6,20 candidatos por vaga), as áreas com menor disputa podem ser uma escolha estratégica para quem busca uma residência com menor dificuldade de acesso.

Embora a concorrência seja um fator importante, é essencial considerar também o seu interesse pela especialidade e a adequação ao seu perfil profissional. Afinal, a residência médica é um período desafiador e intenso, e escolher uma área pela qual você se sinta motivado pode ser crucial para o sucesso.

5 Residências menos concorridas em 2024

Em 2024, algumas especialidades médicas apresentam uma concorrência bem menor, o que pode ser uma ótima oportunidade para quem busca uma residência com menor disputa por vagas. 

Entre as opções menos concorridas, destacam-se as seguintes:

1. Medicina Preventiva e Social: Com uma relação de apenas 2 candidatos por vaga, esta especialidade oferece uma excelente oportunidade para quem deseja atuar na promoção da saúde e prevenção de doenças, além de contar com um baixo nível de concorrência.

2. Radioterapia: Com uma relação de 2,64 candidatos por vaga, a Radioterapia continua sendo uma área com menos candidatos e oferece oportunidades para quem busca uma carreira na luta contra o câncer, utilizando tecnologias avançadas no tratamento.

3. Homeopatia: Apresentando 3 candidatos por vaga, a Homeopatia é uma especialidade que segue crescendo em popularidade, principalmente entre aqueles que buscam abordagens terapêuticas alternativas e naturais.

4. Medicina de Emergência: Com uma relação de 3,74 candidatos por vaga, a Medicina de Emergência oferece uma carreira dinâmica, voltada para o atendimento rápido e eficaz de pacientes em situações de urgência e emergência.

5. Acupuntura: Com uma relação de 3,83 candidatos por vaga, a Acupuntura é uma especialidade que vem se destacando entre aqueles que buscam tratamentos complementares, utilizando métodos tradicionais da medicina chinesa.

Essas residências apresentam menos concorrência, o que pode facilitar o ingresso de candidatos, permitindo a dedicação ao estudo e a obtenção de uma formação de qualidade. No entanto, é fundamental lembrar que a escolha da especialidade deve ir além da concorrência; é importante considerar o seu interesse pessoal e o alinhamento com suas metas profissionais antes de entrar na residência médica.

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