Temas Médicos

Icterícia cirúrgica: resumo de colelitíase e colecistite! Veja mais!

Escrito por: Lindamey
10 de janeiro de 2024 10/01/2024
6 minutos de leitura 6 minutos de leitura
cálculos biliares na USG observe a sombra acústica

Como vai, futuro residente? Quer saber as principais informações sobre a Icterícia cirúrgica, mais especificamente sobre a sua parte inicial e as condições litiásicas? 

Neste resumo exclusivo, a equipe da Aristo se dedicou em abordar os principais tópicos desse tema, especialmente as complicações de colelitíase e colecistite, as quais possuem grande relevância nas provas das principais instituições de residência médica do Brasil. 

Só para você ter noção, esse foi um assunto que apareceu, nos últimos 5 anos, por volta de 13 vezes nas provas escritas e instituições como a UNICAMP, SUS-SP, UFRJ e PSU-MG, por exemplo. 

Quer saber mais sobre? Acompanhe nas próximas linhas!

O que é a síndrome ictérica?

Antes de mais nada, é importante fazermos esse esclarecimento! 

A síndrome ictérica pode ser caracterizada pelo aumento da bilirrubina no organismo, sendo a manifestação principal de várias doenças hepáticas e não hepáticas.

Condições litiásicas

Colelitíase

É relevante destacar que a colelitíase, apesar de estar nesta aula, não causa icterícia!

Contudo, o entendimento desta condição é importante, pois as possíveis complicações da colelitíase podem cursar com o acúmulo de bilirrubina direta que, por sua vez, pode levar a um quadro de icterícia! 

Veja mais abaixo! 

Quais são os fatores de risco para a colelitíase? 

  • Dismotilidade: estase da vesícula;
  • Dieta;
  • Estrogênio e progesterona: mulheres, ACOs e grávidas;
  • Obesidade: hipersecreção de colesterol;
  • Anemia hemolítica: cálculos pretos;
  • Hiperlipidemia;

Female (mulher), Fertile (multiparidade), Forty (> 40 anos) e Fat (obesidade)

Imagem ilustrativa dos 4Fs da colelitíase (icterícia cirúrgica)

Qual o quadro clínico da colelitíase? 

O quadro clínico é composto por dor aguda no hipocôndrio direito, com duração menor que seis horas (geralmente 30 minutos) após ingestão de alimentos gordurosos.

Importante! 

Da mesma forma, os achados clássicos na palpação abdominal não estão presentes, visto que não há inflamação importante na vesícula.

Outro ponto a se prestar bastante atenção quanto a esse tópico é que, quando pensamos em colelitíase, a USG abdominal é o primeiro exame diagnóstico!

Caso o exame não seja conclusivo, podemos utilizar uma TC de abdome, uma colangio-RMN, cintilografia biliar e até uma CPRE.

A radiografia não é solicitada de rotina.

O tratamento no período de crise é baseado no controle da dor. 

Entretanto, o único tratamento definitivo é o cirúrgico! 

Como todo procedimento cirúrgico, a colecistectomia também tem suas complicações como lesão das vias biliares extra-hepática e coleperitônio.

Colecistite

A colecistite é uma das principais complicações da colelitíase e pode ser caracterizada como um processo inflamatório da vesícula biliar, decorrente da obstrução do ducto cístico por um cálculo.

Com a inflamação, a vesícula se torna edemaciada e distendida, e a estase da bile propicia a proliferação bacteriana, culminando em um processo infeccioso.

Qual a clínica clássica da Colecistite? 

A clínica clássica envolve ⚠ febre e dor em epigástrio e hipocôndrio direito com evolução maior que seis horas, sem icterícia!

Dois sinais são importantes para definição do quadro e podem ser encontrados nesses pacientes: Murphy (caracterizado pela interrupção da inspiração do paciente durante a compressão do hipocôndrio direito após uma inspiração profunda) e Kehr (indica irritação diafragmática).

E quanto aos exames? 

Assim como acontece na colelitíase, a USG é o primeiro exame a ser solicitado!

Os achados mais sugestivos são a presença de cálculos ou lama biliar na vesícula, espessamento da sua parede e líquido perivesicular, dilatação das vias biliares e presença do sinal de Murphy ultrassonográfico (lembre que é um exame dinâmico).

Nesse caso, o exame mais acurado para identificação é a cintilografia com 99m-tc-HIDA!

Este método possui uma sensibilidade de 97% e uma especificidade de 90%.

Na tabela a seguir você confere os critérios utilizados e como interpretar os achados:

Critério de Toquio 2028 para o diagnostico de colecistite aguda (icterícia cirúrgica)

Imagem dos critérios de Tóquio 2028 para o diagnóstico de colecistite aguda

Qual o tratamento? 

Em relação ao tratamento, inicialmente devemos instituir a antibioticoterapia venosa, analgesia e hidratação do paciente.

Após 24-48 horas, diante do controle do processo infeccioso, o tratamento definitivo é feito com a colecistectomia, de preferência por videolaparoscópica (CVL).

As principais complicações que podem cair na sua prova são a gangrena com perfuração da parede, que pode causar uma fístula colecistoentérica e dar origem ao íleo biliar, e a colecistite enfisematosa.

O íleo biliar é uma complicação relativamente rara (< 0,5% dos casos), caracterizada pela obstrução do trato gastrointestinal por um cálculo grande, que ganha o intestino após a formação de uma fístula colecistoentérica.

• Aerobilia: presença de ar nas vias biliares;

• Visualização de cálculo ectópico radiopaco;

• Distensão do intestino delgado;

O tratamento envolve basicamente uma enterostomia proximal e uma colecistectomia. 

Já a colecistite enfisematosa é uma infecção grave da vesícula biliar por microrganismos produtores de gás (mais comumente o Clostridium welchii), que ocorre frequentemente em pacientes idosos e diabéticos ou com algum grau de imunossupressão.

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