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Posso ser médico sem Residência Médica?
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As questões sobre doenças pulmonares e, mais especificamente, sobre pneumonia possuem uma frequência de aparição bastante relevante nas principais provas de Residência Médica do Brasil como UFRJ, PSU-MG e USP-SP.
Apesar de ser um tema mais prático e que cai em prova de uma forma não tão complicada, o tema de “pneumonia”, tanto a viral quanto a bacteriana, é extremamente relevante, já que esse é um assunto com o qual todo o médico irá entrar em contato em algum momento da prática.
Além disso, esse foi um assunto que apareceu com frequência nas provas: 11 questões nos últimos 5 anos.
Viu como saber as principais informações sobre “pneumonia” é muito importante para você como candidato?
Continue com a gente para saber mais nas próximas linhas!
A pneumonia é a principal causa de morte por doenças infecciosas no mundo e é caracterizada como uma infecção do trato respiratório inferior que pode ser causada por diversos tipos de microrganismos, de vírus a bactérias.
Quando a contaminação se dá fora do contexto hospitalar, ela é chamada de pneumonia adquirida em comunidade (PAC).
Muitas vezes, o agente etiológico não é estabelecido e o tratamento é feito baseado nas condições clínicas e epidemiológicas do paciente.
No entanto, em certos momentos, principalmente no caso da bacteriana, pode ser necessário definir os agentes causadores da pneumonia.
Veja nas próximas linhas quais podem ser os agentes etiológicos.
São diplococos Gram-positivos que podem ser identificados através da bacterioscopia pelo Gram em amostra de escarro.
Agente frequentemente encontrado em infecções pulmonares nas exacerbações dos pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Esse é um agente etiológico bastante citado em provas.
Suas manifestações extrapulmonares clássicas são:
1. Anemia hemolítica por crioaglutininas
2. Síndrome de Stevens-Johnson
3. Fenômeno de Raynaud
4. Eritema multiforme e miringite bolhosa
A pneumonia por esse agente etiológico costuma ter manifestações clínicas e radiológicas graves.
É possível, no caso deste agente etiológico, encontramos nos exames de imagem:
1. Derrame pleural;
2. Pneumonia necrotizante e pneumatoceles.
Quais são as condições que nos fazem suspeitar de uma infecção por MRSA?
1. Choque séptico;
2. Insuficiência respiratória necessitando de ventilação mecânica;
3. Colonização prévia conhecida;
4. Pneumonia necrotizante;
5. Empiema;
6. Uso de drogas injetáveis;
7. Uso de antibiótico endovenoso nos últimos 90 dias.
A Klebsiella causa uma pneumonia do tipo lobar com abaulamento da cissura adjacente, dando aspecto de um lobo “pesado”; por isso, pode ser chamada de pneumonia do “lobo pesado”.
O seu epônimo é a pneumonia de Friedlander.
Esse é um tipo de pneumonia que causa classicamente um acometimento pulmonar com características de uma pneumonia típica e com sinais de gravidade marcantes.
A legionelose pode cursar com hiponatremia e aumento dos marcadores de necrose hepática (TGO e TGP).
No caso de suspeita de infecção por pseudomonas, lembre-se de que há a necessidade do uso de duas classes diferentes com atividade antipseudomonas:
1. Quinolonas respiratórias ou levofloxacino;
2. Alguns tipos de betalactâmicos ou piperacilinatazobactam OU cefepime, OU meropenem, que, na verdade, é um carbapenêmico.
Os pacientes que despertam essas suspeitas são aqueles com um estado clínico grave e de prognóstico ruim.
Para sermos mais objetivos, são aqueles com uso de antibiótico endovenoso nos últimos 90 dias, pneumonia após 5 dias de hospitalização, choque séptico, síndrome do desconforto respiratório do adulto ou necessidade de terapia renal substitutiva.
A pneumonia é uma infecção pulmonar que pode ser classificada em quatro tipos principais, de acordo com o agente causador da doença. Cada tipo apresenta características específicas e requer diferentes abordagens de tratamento.
Embora os sintomas possam ser semelhantes, como tosse, febre, falta de ar e dor no peito, é crucial identificar a origem da infecção para um tratamento adequado.
Este é o tipo mais comum de pneumonia e é causado por bactérias, sendo a Streptococcus pneumoniae a principal responsável. Outras bactérias, como Mycoplasma pneumoniae e Haemophilus influenzae, também podem causar pneumonia bacteriana.
Essa forma da doença geralmente se desenvolve de maneira súbita, com sintomas como febre alta, tosse produtiva (com secreção de cor amarelada ou esverdeada) e dor no peito ao respirar. O tratamento envolve o uso de antibióticos específicos, dependendo da bactéria identificada como causadora da infecção.
Em muitos casos, o diagnóstico é feito através de exames laboratoriais, como hemoculturas e radiografias de tórax, que ajudam a determinar a gravidade da doença.
Esse tipo de pneumonia é causado por vírus, como o vírus da gripe (influenza), o vírus sincicial respiratório (RSV) e, mais recentemente, o coronavírus. A pneumonia viral geralmente apresenta sintomas mais leves em comparação à pneumonia bacteriana, mas pode evoluir para formas graves, especialmente em indivíduos com o sistema imunológico enfraquecido, como crianças, idosos e pessoas com condições pré-existentes.
Os sintomas incluem febre, tosse seca e fadiga. No caso de infecções virais, o tratamento foca no alívio dos sintomas, uma vez que os antibióticos não são eficazes contra o vírus. Em alguns casos, antivirais podem ser prescritos, especialmente para gripes graves ou infecções pelo vírus da COVID-19. O repouso e a hidratação são fundamentais para a recuperação.
A pneumonia causada por fungos é rara e, geralmente, afeta pessoas com sistemas imunológicos debilitados, como pacientes com HIV/AIDS, aqueles em tratamento para câncer ou pessoas que passaram por transplantes de órgãos. Fungos como Histoplasma, Coccidioides e Cryptococcus são os principais responsáveis por esse tipo de infecção.
A pneumonia fúngica costuma se desenvolver de forma mais lenta e pode ser confundida com outros problemas pulmonares crônicos. O tratamento envolve o uso de medicamentos antifúngicos, que variam conforme o tipo de fungo envolvido. O diagnóstico geralmente requer exames laboratoriais específicos, incluindo culturas de escarro ou biópsias pulmonares, para identificar o fungo causador.
Conhecida também como pneumonia nosocomial, essa forma da doença ocorre em pacientes hospitalizados, especialmente aqueles que estão em unidades de terapia intensiva (UTI) ou que necessitam de ventilação mecânica.
Esse tipo de pneumonia é causado por bactérias resistentes a múltiplos medicamentos, o que torna o tratamento mais complicado e o risco de complicações maior. A pneumonia hospitalar pode se desenvolver devido à presença de dispositivos médicos, como cateteres, e ao uso prolongado de ventiladores.
Os sintomas podem ser mais graves, incluindo febre persistente, dificuldade respiratória acentuada e sinais de infecção generalizada. O tratamento é feito com antibióticos de amplo espectro, adaptados conforme os resultados dos exames de cultura.
Embora os sintomas dos diferentes tipos de pneumonia possam ser similares, como tosse, febre, dor no peito e falta de ar, o tratamento varia conforme o agente causador. A identificação precoce do tipo de pneumonia é essencial para garantir uma abordagem terapêutica eficaz. Pessoas que apresentarem sinais de pneumonia devem procurar atendimento médico imediatamente para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.
Em todos os casos, o acompanhamento médico é indispensável, especialmente para indivíduos com fatores de risco, como idosos, pessoas com doenças crônicas e pacientes imunocomprometidos, que são mais suscetíveis a desenvolver formas graves da doença.
A pneumonia é uma infecção nos pulmões que pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos. Embora qualquer pessoa possa desenvolvê-la, existem certos fatores que aumentam significativamente o risco de contrair essa doença.
A seguir, são apresentados os principais fatores de risco que podem predispor uma pessoa à pneumonia e os cuidados preventivos para evitá-la.
Gripes e resfriados, quando não são tratados adequadamente, podem evoluir para pneumonia. Isso acontece porque uma infecção respiratória pode enfraquecer as defesas naturais do organismo, permitindo que os agentes infecciosos atinjam os pulmões.
Isso é especialmente comum em pessoas que já estão com o sistema imunológico fragilizado devido a outras condições de saúde. Portanto, a prevenção e o tratamento correto de gripes e resfriados são essenciais para evitar complicações como a pneumonia.
Indivíduos com doenças crônicas, como diabetes, doenças cardíacas e pulmonares, ou aqueles que estão em tratamento contra o câncer, apresentam maior risco de desenvolver pneumonia. Isso se deve ao fato de que essas condições enfraquecem a capacidade do corpo de combater infecções.
Pacientes imunossuprimidos, como os que fazem uso prolongado de corticoides ou imunossupressores, também estão mais suscetíveis. Nessas pessoas, a prevenção da pneumonia inclui um acompanhamento médico rigoroso e, em muitos casos, a vacinação.
Crianças pequenas e idosos formam dois grupos de risco significativo para pneumonia. Nas crianças, o sistema imunológico ainda está em processo de desenvolvimento, o que as torna mais vulneráveis a infecções respiratórias graves. Nos idosos, o sistema imunológico já não responde com a mesma eficiência, o que também os predispõe a contrair pneumonia.
Para ambos os grupos, é importante garantir a vacinação contra a gripe e o pneumococo, além de estar atento aos primeiros sinais da doença.
Certas condições ambientais também aumentam o risco de pneumonia. A exposição contínua a poluentes, fumaça de cigarro e até mesmo o uso constante de ar-condicionado, que pode ressecar as vias respiratórias, facilita a entrada de agentes infecciosos nos pulmões.
Pessoas expostas a ambientes com poluição elevada devem tomar cuidados extras, como evitar o contato direto com fumaça de cigarro e manter os espaços ventilados.
Pacientes que permanecem internados, especialmente em unidades de terapia intensiva (UTI) ou que precisam de ventilação mecânica, têm um risco elevado de contrair pneumonia hospitalar. Essa forma da doença é frequentemente causada por bactérias resistentes a múltiplos medicamentos, tornando o tratamento mais complicado.
A prevenção em ambientes hospitalares inclui medidas de higiene rigorosas e o monitoramento constante dos pacientes mais vulneráveis.
Hábitos de vida pouco saudáveis, como o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, enfraquecem o sistema imunológico e afetam a capacidade dos pulmões de se defender contra infecções. O tabagismo, por exemplo, danifica os cílios nas vias respiratórias, responsáveis por impedir a entrada de partículas e agentes infecciosos nos pulmões. Abandonar esses hábitos pode melhorar significativamente a saúde respiratória e reduzir o risco de pneumonia.
Doenças pulmonares crônicas, como a asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), aumentam a suscetibilidade à pneumonia. Essas condições comprometem a função respiratória, deixando os pulmões mais propensos a infecções. Pacientes com essas condições devem seguir cuidadosamente as orientações médicas e considerar a vacinação como parte de sua estratégia preventiva.
Para prevenir a pneumonia, recomenda-se a vacinação contra a gripe e o pneumococo, manter uma boa higiene, evitar o tabagismo e adotar hábitos saudáveis. Em casos de sintomas como tosse persistente, febre alta e dificuldade para respirar, é fundamental buscar atendimento médico para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.
A pneumonia pode ser típica ou atípica.
A pneumonia típica é caracterizada pela presença de febre alta, dispneia, dor torácica ventilatório-dependente e tosse produtiva com evolução de 2 dias (evolução hiperaguda).
Febre baixa, com quadro arrastado, sem comprometimento grave do estado geral a curto prazo, lembrando as “viroses”.
Além dos sintomas acima descritos, o paciente pode apresentar ainda:
1. Aumento do frêmito toracovocal;
2. Broncofonia;
3. Sopro tubário (som bronquial) e submacicez ou macicez à percussão;
O acometimento pulmonar mais fácil de ser identificado é o acometimento lobar.
Nele, todo o lobo pulmonar desenvolve uma consolidação representada radiologicamente por uma hipotransparência, delimitada pelas cisuras.
O padrão radiológico mais comum é o da broncopneumonia em que se pode encontrar um infiltrado (hipotransparente) disperso pelo parênquima.
Outra característica radiológica na pneumonia é a presença de broncograma aéreo.
Para os pacientes que têm indicação de internação, outros exames indicados são:
1. hemograma;
2. Ureia;
3. Creatinina;
4. Sódio;
5. Potássio;
6. Glicemia.
Para esses pacientes, também está indicada a definição da etiologia da pneumonia por:
1. Gram e cultura do escarro;
2. Hemoculturas;
3. Ensaios para a Legionella ou pesquisa de antígenos urinários, se necessário.
Por fim, aqui estão alguns biomarcadores que podem ajudar no diagnóstico e prognóstico:
1. Proteína C Reativa (PCR) – marcador inflamatório que pode ser útil para avaliação da resposta ao tratamento;
2. Procalcitonina – apesar de ser uma informação que vem sendo questionada, vale citar que a procalcitonina pode ajudar a diferenciar infecções bacterianas e virais.
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