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Posso ser médico sem Residência Médica?
7 minutos de leitura
Aqui, neste resumo de doenças cerebrovasculares, trataremos das doenças cerebrovasculares que estão entre as principais causas de morbimortalidade do mundo.
Vamos lá?
A definição clássica de acidente vascular encefálico é marcada por quatro características:
(1) Déficit neurológico atribuído a uma (2) Lesão aguda focal do sistema nervoso central por uma (3) Causa vascular com (4) Ausência de resolução rápida (duração maior do que 24 horas).
Os fatores de risco do AVEi que podem ser cobrados em sua prova! Você deve
estar atento(a) a:
O AVEi pode ocorrer principalmente por dois mecanismos:
É um AVEi de etiologia indefinida, uma vez que não se consegue fazer distinção entre uma origem embólica ou trombótica.
Este consiste em um déficit focal transitório e reversível, com duração máxima de 24 horas, sendo a maioria revertida em uma hora.
Esse mecanismo tem como principal fator de risco a hipertensão arterial sistêmica (HAS).
O sítio mais acometido por AVEi é o território da artéria cerebral média, e as artérias com maior chance de serem as geradoras do trombo são:
O principal fator de risco da cardioembolia é a presença de fibrilação atrial.
Nesse caso, fenômenos cardioembólicos têm origem, na maioria das vezes, no átrio ou no ventrículo esquerdo, devido à estase do sangue nessa região.
Em vez de ocorrer em grandes vasos sanguíneos, o infarto lacunar ocorre em vasos de pequeno calibre (ramos perfurantes), especialmente em pacientes hipertensos crônicos.
Infarto lacunar: obstrução com degeneração da parede arterial, que é substituída por gordura e tecido conjuntivo, processo denominado lipo-hialinose.
Responsável por irrigar a porção medial e anterior do lobo frontal — córtex motor e sensorial da perna contralateral.
A apresentação clínica clássica do acometimento desse vaso é uma hemiplegia e/ou hemiparesia de predomínio crural, ou seja, a fraqueza é maior na perna contralateral ao território acometido.
Essa é a responsável pela maior parte da irrigação do córtex remanescente e de estruturas profundas, é a principal artéria do sistema cerebral.
Além disso, ela é a artéria mais acometida no AVEi — por ser de maior calibre que a anterior, ela é mais suscetível a receber os êmbolos das artérias extracranianas e do coração.
Caso o acometimento dessa artéria seja no hemisfério dominante para a fala (em cerca de 96% da população é o esquerdo), o paciente pode apresentar três tipos de afasia:
Área onde pode ocorrer:
Originada no ápice da artéria basilar, caminha na direção do córtex occipital para irrigá-lo.
Quando acometida, a manifestação típica é a hemianopsia homônima contralateral.
O AVEi em artéria basilar é um quadro grave, muitas vezes incompatível com a vida.
Geralmente ocorre na porção proximal da artéria, que supre a ponte; pode haver:
As síndromes que apresentam acometimento com lateralidade diferente entre face e corpo — acometimento facial ipsilateral e motor contralateral — são, também, de acometimento tronco-encefálico.
O AVEi se apresenta clinicamente com um déficit neurológico focal de rápida instalação.
Cerca de 25% dos pacientes apresentam cefaléia súbita intensa.
As demais manifestações clínicas vão variar de acordo com o território acometido.
Importante saber que, ao se suspeitar de um AVE, deve-se fazer a escala do National Institute of Health (NIH), que nos dá, em números, o grau de déficit focal.
O principal diagnóstico diferencial que precisamos fazer em um paciente com déficit neurológico focal de instalação aguda com mais de 15 minutos de duração é entre AVE isquêmico ou hemorrágico.
Para isso, podemos procurar por um sinal focal, que, em linhas gerais, é um sinal ou sintoma que consegue ter uma localização correlacionada no sistema nervoso central.
Logo, um paciente que se apresente com tal quadro deve ser internado, estabilizado clinicamente — e ser submetido a uma tomografia computadorizada (TC) de crânio, idealmente dentro de 20 minutos.
A área que corresponde ao AVEi surgirá após como uma área que vai ficando cada vez mais hipodensa (mais escura do que o parênquima) até assumir uma densidade parecida com a do líquor, gerando a retração do parênquima e não mais edema.
Ela não apresenta evidências que suportem seu uso rotineiro no AVE (sua eficácia é semelhante à da TC) e tem um tempo para execução mais demorado que a TC.
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