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Posso ser médico sem Residência Médica?
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O que ocorre no período neonatal pode impactar o indivíduo por toda sua vida.
Por isso, a neonatologia é uma especialidade da Pediatria que aparece sempre nas provas mais almejadas do Brasil!
Você já sabe quais são as principais síndromes respiratórias do período neonatal que caem nas provas?
Abaixo, nós preparamos um resumo para você entender melhor sobre elas!
A TTRN é decorrente de um déficit na absorção do líquido pulmonar após o nascimento, essa que é a principal doença respiratória do período neonatal, acomete comumente recém-nascidos precoces ou prematuros tardios.
Na taquipneia transitória, há uma dificuldade na reabsorção do líquido intrapulmonar que aumenta no decorrer da gestação.
O aprisionamento desse líquido leva ao colapso bronquiolar, ao aprisionamento de ar e à hiperinsuflação.
A evolução clínica geralmente é benigna e autolimitada, com início nas primeiras horas de vida, e tem uma duração variável de três a cinco dias.
O quadro clínico é caracterizado principalmente por taquipneia, podendo apresentar desconforto respiratório associado.
Na radiografia de tórax, podemos ver hiperinsuflação pulmonar (aumento do volume pulmonar), ocorrência de linhas opacificadas e cisuras, derrame pleural e, em alguns casos, cardiomegalia discreta.
Para o manejo, pode ser considerado suporte ventilatório com oferta de oxigênio por cateter nasal ou pressão positiva contínua das vias aéreas (CPAP).
A síndrome do desconforto respiratório (SDR) ocorre devido à deficiência primária de surfactante pulmonar sendo sua incidência inversamente proporcional à idade gestacional e ao peso de nascimento, prevalecendo quanto maior for a prematuridade do RN.
Quais são os principais fatores de risco da SDR?
O surfactante é uma substância que reduz a tensão superficial do alvéolo, facilitando a expansão alveolar e reduzindo a probabilidade de atelectasia por colapso e colabamento do alvéolo, mantendo a superfície de troca gasosa ativa.
A radiografia de tórax pode apresentar infiltrado retículo-granular fino com aspecto de “vidro moído” ou “esmerilhado”, associado a broncogramas aéreos
Na gasometria, há hipoxemia importante podendo haver retenção de CO₂ com a evolução do quadro.
De maneira básica, o tratamento consiste em estabilização inicial e medidas gerais como controle de temperatura, hidratação e suporte nutricional.
As complicações possíveis na SDR são:
Além disso, também poderá haver a displasia broncopulmonar (DBP) que é uma das mais importantes sequelas do nascimento prematuro, podendo levar a diversos problemas respiratórios crônicos.
É uma síndrome derivada, como o próprio nome diz, da aspiração do líquido meconial.
Um dos motivos da síndrome é que, em situações de sofrimento intrauterino, como em patologias que afetem a vascularização placentária, ocorre a diminuição da chegada do oxigênio pelo cordão umbilical, levando à hipoxemia, que, por sua vez, aumenta o peristaltismo intestinal, ocasionando o relaxamento do esfíncter e a eliminação do mecônio.
Os principais grupos de risco são os RNs a termo ou pós-termo com asfixia, RN com RCIU, RNs pélvicos e macrossômicos.
Ao exame físico, encontramos um RN com pele seca e enrugada apresentando impregnação meconial em cordão umbilical.
Sua ausculta respiratória consiste em estertores grossos e tempo de expiração aumentado devido à diminuição do calibre das vias aéreas.
Em um exame de imagem, podemos identificar a doença encontrando um infiltrado grosseiro associado às áreas de hiperinsuflação e hipotransparência.
Além disso, também pode haver aumento do diâmetro ântero-posterior, ocorrendo aplanamento/retificação do diafragma.
Caso o RN tenha menos de 34 semanas, esteja em apneia/sem choro ou se apresente hipotônico, deve ser levado à mesa de reanimação, onde serão realizados os passos iniciais.
Antibioticoterapia: tema controverso que depende da referência utilizada. A SBP recomenda o início para quadros mais graves.
Surfactante pulmonar: o mecônio inativa o surfactante endógeno, de modo que devemos repor o surfactante em casos com evolução progressivamente pior.
Ventilação: pode ser feita com o uso de CPAP nasal em crianças com necessidade de FiO2 > 40% a 60% (a depender da referência) ou por ventilação mecânica invasiva em casos de doença pulmonar grave.
As complicações de SAM incluem pneumotórax, disfunção miocárdica, choque, encefalopatia hipóxico-isquêmica e hipertensão pulmonar.
A sepse neonatal pode ser classificada, conforme o momento de início, em precoce ou tardia.
Já segundo o Nelson Pediatrics, a SNNP ocorre na primeira semana de vida
As manifestações clínicas de sepse neonatal, no geral, são inespecíficas e podem envolver diversos sistemas.
As principais são: taquipneia e desconforto respiratório, apneia, instabilidade térmica, vômitos, intolerância alimentar, resíduo gástrico, distensão abdominal, manifestações de acometimento de sistema nervoso central, hiperglicemia, instabilidade hemodinâmica, sinais de sangramento (coagulação intravascular disseminada) e até icterícia.
Se houver suspeita clínica de sepse neonatal, deve-se coletar exames (principalmente a hemocultura) e iniciar antibioticoterapia empírica considerando os agentes mais prevalentes.
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