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Posso ser médico sem Residência Médica?
7 minutos de leitura
Você já deve saber que o exame peroperatório consiste no período que envolve o processo cirúrgico, desde a preparação pré-operatória até a recuperação pós-operatória.
Então, a gente quer te trazer mais uma informação: você sabia que, nos últimos 5 anos, o número de questões que caíram nas provas de Residência Médica sobre o tema foi de 1.490 segundo os nossos dados?
Justamente por isso é que nós preparamos esse material exclusivo para você sobre o tema e, mais especificamente, sobre a avaliação da capacidade funcional/cardiovascular.
A avaliação da capacidade funcional ou capacidade de exercício também é parte importante
do pré-operatório, devendo ser investigada em todos os pacientes.
Ela é um preditor confiável para eventos cardíacos, perioperatórios e de longo prazo.
Os pacientes que possuem a capacidade reduzida possuem maior risco de complicações.
O guideline da American Heart Association (AHA) de avaliação pré-operatória recomenda que não seja realizado nenhum exame complementar para avaliação cardiológica nos pacientes assintomáticos e com alta capacidade funcional.
Para fazer isso é possível, portanto, aferir de maneira objetiva ou de maneira indireta, a partir da história clínica.
Com base na história clínica, a AHA classifica pacientes em:
Antes de mais nada, busque saber se é um procedimento de urgência/emergência. Além disso, o paciente apresenta alguma circunstância especial ou condição proibitiva que demande cuidados específicos e imediatos? Que contra indiquem a cirurgia?
Os procedimentos cirúrgicos apresentam uma probabilidade natural de ocorrência de eventos cardiovasculares peroperatórios.
Abaixo disponibilizamos uma tabela com as ocorrências mais comuns nas provas:
Cada índice tem uma maior afinidade na identificação de determinadas condições, as quais não costumam ser cobradas nas provas nesse nível de detalhamento.
Os pontos são somados e seu total é associado a um risco cardíaco perioperatório. Apesar de antigo, pode cair na sua prova, por isso observe os pontos mais importantes:
• Terceira bulha (B3) ou turgência jugular: pontuação mais elevada (11 pontos), sendo tais achados indicadores de mau prognóstico, com risco aumentado de edema pulmonar, IAM ou morte cardíaca. Especificamente sobre a estase jugular, pode-se inferir a elevação da pressão venosa central (PVC), relacionada ao risco de edema pulmonar pós-operatório.
• IAM recente (nos últimos seis meses): segunda maior pontuação (10 pontos).
O índice de Lee é um refinamento, podendo ser usado em conjunto com a avaliação da capacidade funcional para predizer o risco cardiovascular.
Ele conta com seis preditores de maiores complicações cardíacas a serem avaliados antes de liberar ou não a cirurgia:
Podemos estimar seu status funcional a partir de atividades diárias, normalmente expressa em equivalentes metabólicos (no inglês, METs), em que 1 MET é o gasto metabólico basal, correspondendo ao consumo de oxigênio basal de um paciente de 40 anos pesando 70 kg ou de um indivíduo em descanso. A partir disso, temos na literatura:
• Excelente: > 10 METs
• Bom: 7 a 10 METs
• Moderado: 4 a 6 METs
• Ruim: < 4 METs (ou desconhecido)
Aos pacientes com classificação “RUIM”, é previsto um aumento do risco cardiológico.
Considerando a estimativa de que uma cirurgia/indução anestésica demande 4 METs, tal classe de paciente não conseguirá suportar a exigência metabólica cirúrgica, pois esta claramente supera a capacidade habitual de seu coração.
Muita coisa, não é mesmo? A literatura é muito diversa e isso abre brecha para as bancas cobrarem diferentes aspectos do pré-operatório.
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(HCPA – RS – 2022) Paciente de 56 anos, com neoplasia maligna do trato gastrointestinal, veio à consulta ambulatorial para programar procedimento cirúrgico e queixou-se de perda de 10% do peso corporal em seis meses e ingestão alimentar em torno de 75% da habitual nas últimas semanas. Seu IMC era de 17 kg/m². Com base nessas informações e na tentativa de reduzir a morbidade cirúrgica em relação ao estado nutricional do paciente, qual a conduta mais adequada?
a) Agendar o procedimento imediatamente.
b) Postergar a cirurgia por cinco a 14 dias para que o paciente realize terapia nutricional domiciliar com suplementos orais.
c) Internar o paciente para realizar terapia nutricional parenteral pré-operatória.
d) Prescrever terapia nutricional domiciliar com suplementos orais ou nutrição enteral e realizar a cirurgia após três dias do início da terapia.
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